segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Identidade


IDENTIDADE

Reconhecemo-nos como espécie com caracteristicas que nos tornam únicos. Difrentes culturas, difrentes padrões culturais, geneticamente difrentes.
No nosso dia a dia, numa grande maioria das vezes recorremos ao nosso B.I para afirmar quem somos. Este dá-nos caracteristicas que permitem diferenciarmo-nos uns dos outros, o nosso nome, a nossa data de nascimento, a ascendencia familiar, o país a que pertencemos. Tem tambem uma fotografia do nosso rosto, que é único, assim como a nossa impressão digital que nos distingue de todas as pessoas no mundo. Mostra tambem a nossa assinatura que apesar de assinar-mos sempre o mesmo nome, esta vai mudando ao longo do tempo. Apesar do nosso bilhete de identidade nos fornecer já tantas informações, a nossa identidade não se resume apenas a um documento.

Muitas vezes quando nos é colocada a questão "Quem és tu?" na maioria das vezes as respostas são semelhantes pois vivemos segundo os mesmos padrões culturais actuais, em grande parte dos casos acabamos mesmo por responder o nosso nome e ficamos por ai.

A identidade pessoal é um conjunto de características (gostos, impressões, qualidades, defeitos, traços pessoais), papéis e valores de que a pessoa se atribui, avalia por vezes positivamente e reconhece como fazer parte de si própria. É um conjunto de percepções, sentmentos e representações que a pessoa tem de si própria que lhe permite reconhecer e ser reconhecida.

A identidade pessoal é um sentimento intrinseco. A pessoa reconhece-se como única. A identidade constrói-se ao longo do tempo, até à morte. Todas as fases, todas as experiências vão dando contribuição para a construção da identidade. Erikson considera que a identidade é o processo activo que se desenvolve no percurso da vida, abordando factores sociais e psicológicos.


João Martins

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Grupos Violentos

A propósito da última aula, resolvi elaborar um texto acerca de um conceito que considero substancialmente preocupante nas sociedades actuais: os grupos violentos, especificando, os gangs.
Este fenómeno social inerente ao comportamento humano poderá estar conjugado com a crescente onda criminal observada no quotidiano urbano. Estes grupos, em grande parte, advêm de aglomerados de bairros sociais existentes, localizados nas periferias urbanas. Estudos elaborados a pretexto da psicologia social, associados a esse paradigma, retratam de forma eloquente os efeitos nocivos para a sociedade, como para os próprios indivíduos envolventes neste meio. Sem generalizar, estes grupos são constituídos muitas vezes por jovens carenciados de uma boa estrutura familiar, isto é, mais susceptíveis a fragilidades psicológicas que, devido aos seus problemas pessoais, canalizam ódios recalcados para o interior do seu grupo. Sendo um grupo constituído maioritariamente por indivíduos homogéneos, a entrada de um novo elemento no grupo requer uma adaptação aos valores desse mesmo grupo, o que explica o facto de até um indivíduo que inicialmente não se identifique com esses valores, procure integrar-se no mesmo, a fim de ter reconhecimento social. Os comportamentos intrínsecos do grupo, geram expectativas em torno dos seus elementos, sendo necessário estabelecer uma hierarquia dentro do mesmo. Esta afirmação denota-se em situações reais de controlo do poder, ou seja, situações em que o grupo busca manifestar o seu poder, exercendo medidas prejudiciais para com os outros, em que perante uma situação de pressão, o elemento mais frágil do grupo pode ser excluído e deixado para trás em prol da sobrevivência do grupo.
A título de exemplo, pode-se destacar os desacatos na bela vista, como resultado de manifesta intenção de poder, perante a impunidade da polícia, que segundos os seus valores, são o inimigo, e o seu dever é proteger o seu grupo perante essa ameaça. Em suma o comportamento demonstrado no interior destes grupos pode estar associado aos argumentos aqui referidos, como também outros, nomeadamente de ordem económica.

http://www.youtube.com/watch?v=nyspjaoHvSw&feature=related

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Conformismo

Pode-se descrever o conformismo como um processo que ocorre numa situação assimétrica qualitativa e quantitativa, em que um sujeito ou um grupo, se submete aos princípios de um outro sujeito ou grupo. Este fenómeno inerente ao paradigma psicossocial vê nas suas raízes a componente influência social, como elemento fundamental para o seu desenvolvimento. Diversos estudos efectuados pelos mais conceituados peritos na matéria, comprovam a necessidade de se abordar tão complexo fenómeno, assim como, explicar o seu desenvolvimento e controvérsia gerada no seu meio envolvente. Dos mais diversos nomes, pode-se destacar Asch como o mais envolvido neste fenómeno. Asch desenvolveu uma série de experiências estruturadas, entre elas uma experiência em que se descreve da seguinte forma a sua condição experimental: oito indivíduos inseridos num grupo são convidados a comparar uma linha padrão com outras três linhas desiguais, tendo uma dessas três linhas desiguais a medida exacta da linha padrão. Relativamente ao grupo, no seu seio encontram-se sete sujeitos que trabalham em conjunto com o experimentador, podemos denomina-los comparsas, nesta situação do experimentador, e um sujeito que era o verdadeiro sujeito experimental, isto é, o sujeito ingénuo. Seguem-se vários ensaios, em que deliberadamente, os comparsas dão respostas incorrectas, é de sublinhar o facto dessas respostas serem comunicadas em voz alta. O sujeito experimental face a uma situação de minoria, apesar de não existir qualquer género de pressão por parte do grupo, comete erros semelhantes. Nesta situação pode-se denotar claramente, a força da influência social no meio de um grupo, mais especificamente no sujeito experimental, em que este na posição anterior se conforma relativamente a uma concordância geral. Com estes estudos Asch pôde observar que uma grande percentagem de sujeitos experimentais se conformara, contudo uma pequena percentagem manteve-se independente, provando por sua vez, que a pressão implícita do grupo resultou na generalidade num conformismo. Conclusivamente é evidente que os sujeitos experimentais se encontraram num conflito entre o conformismo (seguir a resposta da maioria) e a independência (seguir os seus sentidos).

Estes estudos efectuados sobre o conformismo no seu paradigma, são utilizados nos nossos dias como fim para um meio que ainda procura ser revelado por completo, o estudo do conformismo na sociedade, e a sua influência em questões, tais como, as crenças e os costumes.


Dilema de Heinz


Heinz e a sua esposa, tinham entre mãos um dilema. O seu marido necessitava de salvar a sua esposa, mas para tal necessitava de um medicamento que o farmacêutico não lhe impôs facilidades aquando do mesmo lhe ter dito ao referido farmacêutico que não tinha dinheiro suficiente para o comprar. Como tal, Heinz encontrava-se assim num dilema, numa subjugação de valores. Heinz ou roubaria para salvar a sua esposa, o seu amor, ou não denegria esse valor, perdendo assim outro valor, o amor?

Após a contextualização vamos então clarificar o que se pode classificar como dilema. Dilema trata-se de um problema que oferece duas soluções, sendo que nenhuma das quais é aceitável.

Outro dilema conhecido trata-se do dilema do prisioneiro

Dois suspeitos, são presos pela polícia. A referida tem provas insuficientes para os condenar, mas, separando os prisioneiros, oferece a ambos o mesmo acordo: se um deles, confessa e, testemunhar contra o outro e esse outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos de sentença. Se ambos ficarem em silêncio, a polícia só pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um. Se ambos traírem o possível colega de crime, cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a sua decisão sem saber que decisão o outro vai tomar, e nenhum tem certeza da decisão do outro.

Propomos assim um lugar à crítica acerca deste último dilema apresentado.



Tiago Coelho

Tiago Baptista

João Martins


Normas, conformismo social e obediência


Para melhor compreendermos os temas a seguir abordados é fundamental consciencializarmo-nos que a sociedade é regida por normas às quais temos que nos adaptar e que variam segundo alguns factores, como por exemplo, localização geográfica, cultura, estereótipos, faixa etária, ect. Viver em sociedade e sobre as normas que dela advêm, suscita alguns dilemas morais, que são aquelas situações em que, qualquer que seja o modo de proceder, aparentemente implica violar uma norma moral e agir, portanto, contra a virtude (contra o bem moral). Lawrence Kohlberg é o nome mais importante no âmbito do desenvolvimento moral e o seu maior contributo foi, sem dúvida, a sua teoria sobre os estádios do desenvolvimento moral. Classificou esses estádios da seguinte forma:

· Estádio 1 - Orientação pela obediência e punição;

· Estádio 2 - Estádio da individualidade;

· Estádio 3 - Conformidade aos estereótipos sociais;

· Estádio 4 - Orientação para a manutenção da ordem e da autoridade;

· Estádio 5 - O dever é definido em termos de contrato;

· Estádio 6 - Orientação pelos princípios éticos.

Estes princípios são eternos e universais, no sentido de que são um produto do desenvolvimento da natureza humana. Estão, por isso, presentes em todas as sociedades e em todas as culturas. Concluímos este tema com um dos dilemas mais conhecidos do autor, designado Dilema de Heinz, que reforça os ideias defendidos por Lawrence Kohlberg.

“Uma mulher estava a morrer de cancro. Havia um medicamento recente que podia salvar-lhe a vida. A manipulação desse medicamento era cara e o farmacêutico pedia dez vezes do valor do mesmo. Henrique (Heinz), o marido da mulher que estava a morrer, foi ter com as pessoas suas conhecidas para lhe emprestarem o dinheiro pedido pelo farmacêutico. Foi ter, então com ele, contou-lhe que a sua mulher estava a morrer e pediu-lhe para o deixar levar o medicamento mais barato ou pagar mais tarde. O farmacêutico recusou e Heinz, desesperado, pensou em assaltar a farmácia e em roubar o medicamento.”

Deve Heinz assaltar a farmácia para roubar o medicamento para salvar a sua mulher? E deveria Heinz assaltar a farmácia para roubar o medicamento para salvar a vida de um desconhecido?

Asch - Processos de Influência Social – O Conformismo

Para aprofundar o estudo relativo aos processos de influência social, vamos analisar o estudo do conformismo, baseados nas experiências de Asch, cujo paradigma refere que as pessoas gostam de confirmar os seus juízos e percepções com as dos outros. Assim, recorre a um estímulo semi-estruturado uma vez que face a situações pouco estruturadas recorremos às opiniões dos outros. Para perceber de maneira mais coerente o que é um estímulo semi-estruturado, impõe-se a descrição da condição experimental, em que Asch concluiu que a dependência normativa refere-se aos riscos de perda de aceitação ou mesmo de exclusão do grupo quando o sujeito não segue as normas do grupo. Por outro lado, verificaram que o conformismo aumenta quando é induzida a ideia de pertença ao grupo, tendo como base a competição com outros grupos.

Milgram - Obediência

Stanley Milgram (1933 - 1984) foi um psicólogo norte-americano que conduziu a experiência sobre a obediência à autoridade. Esta experiência tinha como objectivo o estudo das reacções individuais face a indicações concretas de outros. A obediência era medida através das acções manifestas e implicava comportamentos que implicava sofrimento para outros. Mesmo vendo o sofrimento, a maior parte dos voluntários que participavam na experiência continuavam a obedecer às ordens e a infligir choques cada vez maiores. A intensidade máxima, 450 v, significaria hipoteticamente matar a outra pessoa, sendo que 65% das pessoas obedeceram às ordens até o fim e deram o choque pretensamente fatal. Concluindo, podemos afirmar que, nestes casos, os indivíduos vão contra os valores éticos em prol da autoridade e obediência.

Contextualizando no âmbito do Desporto, identificamos as pressões do grupo em exemplos como as claques e em determinadas situações em que os clubes exercem pressões sobre os atletas lesionados para uma recuperação rápida e ilícita em prejuízo da saúde do mesmo. No caso das claques, o grupo influencia o indivíduo para situações de violência com as quais, muitas vezes, o indivíduo não se identifica.


Trabalho realizado por: Bruno Pedro, Carlos Martins, Mauro Jerónimo, Ricardo Costa e Tiago Costa