quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Descriminação e Racismo

Racismo e discriminação no meio de todos nós


Escolhi este tema porque, e no âmbito das relações interpessoais, cada vez mais nós, pessoas, temos a tendência de seleccionar os outros, não só pela raça, mas pela maneira de estar, pela maneira de se vestirem, de andar, falar, e cada vez mais desprezamos os que nos são diferentes. Por exemplo, estamos num terminal e queremos saber a que horas sai o autocarro, e temos duas opções, um engravatadinho, ou uma pessoa que é daquela zona, e está desleixada no que toca á roupa, e com um ar menos civilizado, é obvio que vamos escolher o senhor engravatado, e nem nos damos conta que estamos a cometer um acto de descriminação, não nos apercebemos que se calhar a pessoa indicada era a pessoa com o pior aspecto, podia ser uma pessoa de bem como as outras, e ali se calhar até se tornaria mais útil pois vivia ali perto e era possível saber a hora do autocarro, mas, ali, apenas se tornou um ultimo recurso.

Não importa como são definidos e caracterizados, racismo e discriminação constituem violações de direitos humanos. Não é uma questão de relação interpessoal nem são apenas hábitos da pessoa humana. São questões que estão incorporadas às práticas, às políticas e composições institucionais que levam um grupo de uma raça ou cor a estar em desvantagem e outro a gozar de privilégios.
Quando, em 1888, aconteceu a abolição da escravatura no Brasil, não foi em decorrência do desejo do branco em ver o negro liberto, mas de ver o país livre da vergonha de ser ainda o único país americano em manter a escravidão. A “Libertação” não foi uma dádiva, mas uma conquista dos próprios negros apoiados política e socialmente pelos abolicionistas. O negro liberto, no entanto, passou a ser negro marginalizado. Enquanto estrangeiros brancos recebiam centenas e milhares de hectares de terra, o negro se amontoava nos morros, pois sequer recebeu um terreno do governo brasileiro pelos seus 400 anos de serviços prestados.

Em conclusão, todos devemos pensar que no dia em que descriminámos alguém, nesse dia alguém nos descriminou a nós, e nós não gostámos ou não íamos gostar. Não devemos fazer do nosso exterior um passe para uma boa relação pessoal com os outros, ou vice versa.

"O racismo começa quando a diferença, real ou imaginária, é usada para justificar uma agressão. Uma agressão que assenta na incapacidade para compreender o outro, para aceitar as diferenças e para se empenhar no diálogo".

Mário Soares, antigo presidente de Portugal

António Gedeão – Lágrima de preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhai-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

este tema afecta todos, e em todos os mais variados ambientes, seja escola, trabalho, faculdade, na rua, no desporto, num jogo, em todos, são cometidos erros de descriminação, xenofobia, e racismo, erros insconscientes, que leva á incompreensão, violencia, desprezo, etc.

“A diferença de cor entre as pessoas tem uma explicação científica para a qual o homem não contribui minimamente: a maior ou menor concentração de melanina da pele, que torna a pele da pessoa mais o menos escura.”

http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_trabalhos/racismoxenofobia.htm

CARLA MONTEIRO

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