segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Conformismo

Pode-se descrever o conformismo como um processo que ocorre numa situação assimétrica qualitativa e quantitativa, em que um sujeito ou um grupo, se submete aos princípios de um outro sujeito ou grupo. Este fenómeno inerente ao paradigma psicossocial vê nas suas raízes a componente influência social, como elemento fundamental para o seu desenvolvimento. Diversos estudos efectuados pelos mais conceituados peritos na matéria, comprovam a necessidade de se abordar tão complexo fenómeno, assim como, explicar o seu desenvolvimento e controvérsia gerada no seu meio envolvente. Dos mais diversos nomes, pode-se destacar Asch como o mais envolvido neste fenómeno. Asch desenvolveu uma série de experiências estruturadas, entre elas uma experiência em que se descreve da seguinte forma a sua condição experimental: oito indivíduos inseridos num grupo são convidados a comparar uma linha padrão com outras três linhas desiguais, tendo uma dessas três linhas desiguais a medida exacta da linha padrão. Relativamente ao grupo, no seu seio encontram-se sete sujeitos que trabalham em conjunto com o experimentador, podemos denomina-los comparsas, nesta situação do experimentador, e um sujeito que era o verdadeiro sujeito experimental, isto é, o sujeito ingénuo. Seguem-se vários ensaios, em que deliberadamente, os comparsas dão respostas incorrectas, é de sublinhar o facto dessas respostas serem comunicadas em voz alta. O sujeito experimental face a uma situação de minoria, apesar de não existir qualquer género de pressão por parte do grupo, comete erros semelhantes. Nesta situação pode-se denotar claramente, a força da influência social no meio de um grupo, mais especificamente no sujeito experimental, em que este na posição anterior se conforma relativamente a uma concordância geral. Com estes estudos Asch pôde observar que uma grande percentagem de sujeitos experimentais se conformara, contudo uma pequena percentagem manteve-se independente, provando por sua vez, que a pressão implícita do grupo resultou na generalidade num conformismo. Conclusivamente é evidente que os sujeitos experimentais se encontraram num conflito entre o conformismo (seguir a resposta da maioria) e a independência (seguir os seus sentidos).

Estes estudos efectuados sobre o conformismo no seu paradigma, são utilizados nos nossos dias como fim para um meio que ainda procura ser revelado por completo, o estudo do conformismo na sociedade, e a sua influência em questões, tais como, as crenças e os costumes.


Dilema de Heinz


Heinz e a sua esposa, tinham entre mãos um dilema. O seu marido necessitava de salvar a sua esposa, mas para tal necessitava de um medicamento que o farmacêutico não lhe impôs facilidades aquando do mesmo lhe ter dito ao referido farmacêutico que não tinha dinheiro suficiente para o comprar. Como tal, Heinz encontrava-se assim num dilema, numa subjugação de valores. Heinz ou roubaria para salvar a sua esposa, o seu amor, ou não denegria esse valor, perdendo assim outro valor, o amor?

Após a contextualização vamos então clarificar o que se pode classificar como dilema. Dilema trata-se de um problema que oferece duas soluções, sendo que nenhuma das quais é aceitável.

Outro dilema conhecido trata-se do dilema do prisioneiro

Dois suspeitos, são presos pela polícia. A referida tem provas insuficientes para os condenar, mas, separando os prisioneiros, oferece a ambos o mesmo acordo: se um deles, confessa e, testemunhar contra o outro e esse outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos de sentença. Se ambos ficarem em silêncio, a polícia só pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um. Se ambos traírem o possível colega de crime, cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a sua decisão sem saber que decisão o outro vai tomar, e nenhum tem certeza da decisão do outro.

Propomos assim um lugar à crítica acerca deste último dilema apresentado.



Tiago Coelho

Tiago Baptista

João Martins


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