quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Atentado contra a selecção do Togo

Luanda, 12 jan (EFE).- Um segundo grupo separatista, a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda-Forças Armadas de Cabinda (Flec-FAC), assumiu nesta terça-feira a autoria do atentado contra a seleção de futebol do Togo na sexta-feira passada nesse território angolano, que matou pelo menos duas pessoas.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira em Luanda, o Flec-FAC afirma que o atentado era dirigido contra as forças angolanas que escoltavam o comboio da seleção de futebol do Togo, e "lamenta" as vítimas causadas no grupo togolês.
Por esse motivo, a nota, assinada pelo tenente-general Estanislau Miguel Boma, chefe de Estado-Maior das Flec-FAC, afirma que não acontecerão novos ataques em Cabinda até o fim da Copa Africana de Nações, que começou no domingo e terminará em 31 de janeiro, em Angola.
Boma acrescenta que a trégua é destinada a "garantir melhor a segurança dos civis indefesos" durante a disputa da Copa Africana de Nações, uma de cujas sedes fica na cidade de Cabinda.
O atentado foi assumido antes, em Paris, por Rodrigues Mingas, chefe das Forças de Libertação do Estado de Cabinda-Posição Militar (Flec-PM), o que foi desmentido pelo Flec-FAC, que o acusou de "oportunismo para buscar protagonismo".
O ônibus que transportava a delegação do Togo que devia participar da Copa Africana de Nações, escoltado pela Polícia angolana, foi metralhado pouco após entrar em Cabinda, vindo do Congo.
No ataque, morreram pelo menos o treinador assistente da seleção do Togo, Abalo Amelete, e o chefe de imprensa, Stan Ocloo, o que levou ao Governo togolês a retirar sua equipe da competição continental.


POSTADO POR: Gil Costa

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