sexta-feira, 8 de janeiro de 2010



Obesidade / Actividade Física

Qual o nosso contributo?




Ao longo das últimas duas décadas, tem-se assistido a um evidente aumento da obesidade e excesso de peso nas crianças, principalmente dos países industrializados. Segundo alguns autores, esta tendência oscila entre 18 e 30% na população infantil e juvenil. No Canadá, por exemplo, a prevalência da obesidade ou excesso de peso nos jovens entre 7 e os 13 anos era, em 1981, de 12% tendo aumentado para 30% em 1996. Nos Estados Unidos, as crianças são o segmento da população obesa ou com excesso de peso que mais cresceu.

Em Portugal, a situação não é diferente. De 1985 a 2001 o problema aumentou 19% na população, em geral, e nas crianças e jovens, em particular, alguns estudos apontam para uma percentagem muito elevada de alunos com excesso de peso, ou mesmo obesidade, sendo mais notória nas crianças entre os 8 e os 10 anos de idade.

A relação entre a obesidade ou excesso de peso e a prática de actividade física na adolescência pode ser vista de duas formas distintas: se, por um lado, a falta de actividade física pode levar a aumentos de gordura corporal, por outro lado, há que ter em conta que os jovens obesos são menos activos. Neste sentido, a diminuição da actividade física poderá ser tanto a causa como o efeito do aumento de peso ao longo da vida.

Dos diversos estudos contemplados sobre esta questão ressalta a conclusão de que:

  • A obesidade na infância conduz a uma variedade de problemas de saúde (clínicos);

  • O excesso de peso nas crianças está associado a uma incidência da diabetes tipo II e a factores de risco das doenças cardiovasculares;
  • Os jovens obesos e com excesso de peso têm maior probabilidade de se tornarem adultos obesos;
  • Os adolescentes obesos correm um risco acrescido de morbilidade e mortalidade na fase de adultos.

Sendo a obesidade uma doença que não responde facilmente ao tratamento, a melhor estratégia, segundo MacKenzie (2000), é a prevenção que se deve centrar na monitorização do índice de Massa Corporal (IMC) das crianças e na avaliação dos factores de risco, como os hábitos alimentares e a prática de actividade física. De facto, a pratica de actividade física com regularidade e a manutenção de um adequado controlo alimentar parece prevenir a obesidade.


Em suma, a promoção da actividade física poderá constituir uma das formas de diminuir o problema de peso nas crianças e jovens.


Perante estes factos preocupantes acho preponderante a reflexão sobre este problema, pois nós como futuros Técnicos de Desporto temos a obrigação de fomentar a pratica desportiva e, assim tentar combater esta doença.


Como futuros técnicos de desporto peço-vos que leiam com atenção o texto e que com a ajuda das imagens chocantes que inserem o mesmo reflictam e contribuam de forma activa com possíveis estratégias ou ideias para combater este problema. Qual o nosso contributo? Marquem a diferença transmitindo, hoje, as vossas intenções, contribuindo, amanhã, para um futuro sem obesidade.






Ricardo Costa


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