segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Futebol e o Racismo

"Na Europa, e agora no Brasil, têm sido cada vez mais frequentes as manifestações de carácter racista contra jogadores negros. Em Espanha, os adeptos do Atlético de Madrid atiraram uma banana na área do guarda-redes negro da equipa adversária. Também em Espanha os adeptos do Zaragoza entoaram canções racistas contra o Avançado do Barcelona Samuel Eto’o.





O jogador ameaçou sair do jogo e o seu companheiro, Ronaldinho Gaúcho, afirmou também que preferia acabar o jogo a jogar naquelas condições. Os outros jogadores e ate o próprio arbitro convenceram nos a continuar. O jogo prosseguiu, tendo o Barcelona ganho 2-0.

Na Alemanha o guarda-redes do Borussia Dortmund, Roman Weidenfeller, foi suspenso por três jogos e multado em 10 mil euros, por racismo. O Guarda-redes chamou de “Porco Preto” ao avançado no clássico entre o Dortmund e o Schalke 04.o guarda-redes Weidenfeller desculpou-se negando ter dito tais palavras. Mesmo assim, a Federação Alemã de Futebol iniciou uma investigação. Ambos jogadores foram interrogados e foi constatada a ofensa dita pelo guarda-redes, que foi punido.

Nos casos que envolvem jogadores de futebol nem mesmo podemos falar em “liberdade de expressão”pois não é disso que se trata. Trata-se pura e simplesmente de agressão. Agressão verbal, agressão moral, agressão étnica e humilhação. Devem, pois, ser tratados com todo rigor da lei. Portanto, aqui não tem sentido falar que as torcidas das equipas europeias.



Se a Fifa decidiu punir as selecções cujas torcidas cometam actos de racismo durante o Mundial de 2006, muito se deve à atitude do marfinense Marc-André Zoro durante um jogo da sua ex-equipa, o Messina, contra a Inter de Milão, em 27 de Novembro de 2005.

Depois de ser constantemente insultado pelos adeptos do Inter, o marfinense pegou a bola nas mãos aos 20min do 2º tempo e dirigiu-se à arbitragem, dizendo que não era possível jogar naquelas condições.
Zoro queria que o jogo fosse suspenso, mas acabou convencido pelos adversários, principalmente pelo brasileiro Adriano, a seguir com a partida. A directoria do Inter pediu desculpas publicamente pelo comportamento de seus adeptos que, no
entanto, voltaram a ofender o jogador marfinense no jogo do a seguir.





Para o marfinense, o problema é ainda maior porque ele construiu sua carreira na Itália. A sua primeira equipa foi o Salernitana, da série B, onde ficou por quatro anos.
Quando foi para o Messina, a equipa ainda estava na segunda divisão, mas Zoro ajudou a equipa a chegar à série A na temporada seguinte."

Caros colegas em complemento ao trabalho da nossa colega Carla, deixo aqui alguns exemplos da utilização de palavras e actos racistas contra atletas profissionais de futebol, vejam como as pessoas que assistem aos jogos de futebol bem como alguns atletas da mesma profissão conseguem dexer a um nivel tão baixo, para insultar outras pessoas, é muito triste.

Carlos Soares

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